sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Simpósios Temáticos para o II Simpósio de Estudos Inquisitoriais,

Caros Colegas,

Gostaríamos de relembrar que se encontra aberta a inscrição para a apresentação de propostas de Simpósios Temáticos para o II Simpósio de Estudos Inquisitoriais: religião e poder, até ao próximo dia 31 de dezembro.

Para mais informações podem consultar o site do evento: www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao.

Para esclarecimento de dúvidas podem enviar um e-mail para: 2simposioinquisicao@gmail.com.

Esperamos contar com as vossas propostas e com a vossa presença em Salvador no próximo ano.

Saudações acadêmicas e Felizes Festas.

A Comissão Organizadora.



Dear Colleagues,

We would like to remind you that registration is open for Thematic Symposia proposals to the 2nd International Symposium on Inquisition Studies: religion and power, until December 31st. For more informations, you can consult the event's website:www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao.

If you have any questions you can also send an e-mail to: 2simposioinquisicao@gmail.com.

We look forward to your proposals and your presence in Salvador (Brazil) next year.

Academic greetings and Happy Holidays.

The Organizing Committee.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Os projetos de extensão “Antigo Regime em debate”, “Leituras da História do Brasil Colônia” e o Laboratório de Estudos e Documentação Inquisitorial (LEDI)  tem a satisfação de convidá-los para participar da palestra A "Igtália hé filha da Bahia": a autobiografia do baiano de setecentos que queria ser papa, ministrada pela Profa. Dra. Maria Lêda de Oliveira (USP) que será realizada dia 13 de dezembro de 2012, às 19 horas, no Salão do Júri (Módulo II).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


O projeto Antigo Regime em debate, em parceria com Leituras de História do Brasil Colônia, prosseguirá na próxima terça-feira, dia 27 de novembro de 2012, às 17h00, no Salão do Júri (Módulo II) com a palestra A mulher no Brasil Colonial: espaço, cotidiano e saúde que será proferida pela Profa. Ana Cláudia Rocha, do Departamento de História da UESB.
Mais informações pelo email antigo.regime.dhuesb@gmail.com ou acesse o http://lediuesb.blogspot.com

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Dando continuidade a programação iniciada em setembro passado, o projeto de extensão Antigo Regime em debate: cervos e fontes documentais tem a satisfação em convidá-los à participar de mais uma atividade a ser realizada no próximo dia 20 de novembro de 2012, próxima terça-feira, as 17h00, no salão do Júri (Módulo II), com a professor Roberto Oliveira (DH-UESB). O tema central da palestra será Práticas e representações políticas no tratado de arquitetura de Alberti.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Curso de Extensão em Arquivologia na Uesb

O Departamento de História da Uesb promove curso de extensão em Fundamentos de Arquivologia. O curso será ministrado pela Profa. Dra. Venétia Durando Braga Rios (Uneb), no período de 01 a 03 de outubro de 2012, no salão do júri, no campus da Uesb de Vitória da Conquista. Tendo como público alvo estudantes de história, gestores e funcionários de instituições-memória, o curso, com carga horária de 20h, visa fornecer aos participantes noções básicas de organização e conservação de acervos históricos. Uma realização do Laboratório de História Social do Trabalho da Uesb (LHIST/Uesb), do Laboratório de Estudos e Documentação Inquisitorial (LEDI) e dos projetos de extensão Antigo Regime em Debate e Leituras da História do Brasil Colônia, a atividade conta com o apoio da Pró-reitoria de Extensão da Uesb e do PROEXT-MEC. As vagas são limitadas e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas na secretaria do LHIST, de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h. Maiores informações pelo telefone (77) 3424-8697 ou pelo e-mail lhist.uesb@gmail.com.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Palestra - Os Descobrimentos Portugueses - história e historiografia, 
Profa. Dra. Maria de Deus Manso (Universidade de Évora, Portugal)
UESB, campus Vitória da Conquista.
Local: Salão do Júri (Módulo II).
Data: 17 de setembro de 2012
Horário: 19 horas

terça-feira, 3 de julho de 2012


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Departamento de História
II Colóquio Regional de História Colonial
Data: 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2012
Local: Teatro Glauber Rocha e Auditória 01 do Luizão (UESB)
Realização: Projetos de Extensão Antigo Regime em debate e Leituras da História do Brasil Colônia
  
Programação

Terça
31 de julho/2012
Quarta
1 de agosto/2012
Quinta
2 de agosto/2012
Tarde




14h00
Credenciamento
14h00
1ª Mesa-Redonda
Escravidão e Sociedade colonial
Local: Auditória 01 do Luizão (UESB)
16h30mn
2ª Mesa-Redonda
História religiosa: práticas e instituições
Local: Auditória 01 do Luizão (UESB)
14h00
3ª Mesa-Redonda
Economia e relação de poder
Local: Auditória 01 do Luizão (UESB)
16h30mn
4ª Mesa-Redonda
Tecendo memórias: identidades e resistências indígenas
Local: Auditória 01 do Luizão (UESB)
Noite
Local: Teatro Glauber Rocha (UESB)

19h00 
Abertura oficial

19h30mn
Atividade cultural

20h00
Conferência de abertura
Profa. Dra. Sonia Siqueira (USP/UFPB)
19 horas
Local: Teatro Glauber Rocha (UESB)
Conferência
Profa. Dra. Maria Fernanda Bicalho (UFF)

19 horas
Local: Teatro Glauber Rocha (UESB)
Conferência
Prof. Dr. Luiz Mott (UFBA)


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Resumos do I Ciclo de Apresentações do LEDI/Uesb

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(28/06/2012)


SESSÃO TEMÁTICA 


INQUISIÇÃO E OS CRIMES CONTRA A FÉ, A MORAL E OS COSTUMES 

Coordenação: Kamilla Dantas Matias 

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 Joana d'Arc e a Inquisição no cinema: 

o exemplo de La Passion de Jeanne d’Arc, de Carl Theodor Dreyer (1928) 


Meiriane Santos Oliveira Andrade 

Graduada em História pela UESB 

meireandrade6@yahoo.com.br 


A representação do passado por meio de imagens ganhou corpo ao longo do último século, especialmente com a invenção e difusão do uso do cinematógrafo. Filmes votados à reconstrução de fatos e personagens históricos são uma constante desde a invenção do cinema e a sua utilização como base de pesquisa tem sido objeto de profícuos debates entre historiadores culturais. Mais recentemente, a par dos debates sobre cultura e representações encetados pelos historiadores culturais, o filme tem sido tomado como representação social da realidade para o qual concorrem os condicionantes sociais, o gênio criador dos indivíduos envolvidos no processo de produção e as limitações de gênero e estilo correntes. Nesta perspectiva, o presente trabalho almeja apresentar uma reflexão sobre representações da inquisição medieval e de Joana d´Arc no filme La Passion de Jeanne d’Arc, de Carl Theodor Dreyer, de 1928. A heroína francesa, sentenciada à morte na fogueira em 1431, pelo tribunal inquisitorial inglês foi interpretada pela atriz Renée Falconetti e, para a reconstrução da trama e da personagem, Dreyer tomou como fonte as atas do julgamento de Joana. 

Palavras-chave: Cinema; Representações; Joana d´Arc; Inquisição.



Clérigos Sodomitas aos olhos do Santo Ofício na Bahia Seiscentista 

Julio Cesar Borges de Oliveira 

Especialista em História: Política, Cultura e Sociedade (UESB) 

jcboliv@hotmail.com 


No Brasil não houvera a instalação de um Tribunal do Santo Ofício, mas isso não significa que este não agira sobre essas terras, atuando por meio de visitações, passando a uma progressão estrutural de funcionários á serviço deste Tribunal a partir da segunda metade de século XVII e consolidando-se século posterior. Sob a desinência da escuta de denúncias, confissões e rumores sobre os “crimes” de interesse do Santo Ofício (associados á heresias) eram então julgados por tal Tribunal com sede em Portugal, mais precisamente em Lisboa (mantenedora da jurisdição sobre o Brasil) – local onde se encontra inúmeros documentos acessíveis á pesquisa de maneira a revelar dados para comprovação científica. Nas visitações, os inquisidores portugueses enviados á Colônia para investigar crimes heréticos estendiam-se por várias partes do território, dentre ales a Bahia. Tidos como exemplo moral, os religiosos, como corpo atuante no quadro inquisitorial, sabedor das ações e reações do Tribunal, praticava, também seus desvios de conduta, sendo punidos de forma mais amena e especial com o intuito de não expor a Igreja e/ou retirar desta sua autoridade corretiva. Baseado nos fatos ora citados pretendo apresentar nesta comunicação a relação entre os religiosos e seus crimes de sodomia perante os olhos punitivos do Tribunal Inquisitorial, no século XVII com especificidade na Bahia. 

Palavras-chave: Santo Ofício; Sodomia; Bahia Colonial. 


 Mulher ideal X mulher real: 
bigamia, adultério e concubinato na documentação eclesiástica e inquisitorial 

 Daniela Pinheiro Lessa Alves 

Graduada em História pela UESB 

daniela.lessah@hotmail.com

O presente estudo tem por objetivo analisar a condição feminina no âmbito da sociedade colonial, mais especificamente a Bahia do século XVIII. Através o estudoe crimes como concubinato, adultério e bigamia, praticados por mulheres, pretende-se fazer uma análise da imagem que se divulgava das que não se “adequavam” ao discurso católico, sendo desqualificadas entre as demais, vivendo um tormento particular nas malhas da inquisição. Para tal, é importante destacar a conivência entre a Igreja Católica e o Estado Português, no intuito de instaurar uma sociedade ideal na colônia, evitando prejuízos de ordem moral e financeira para a metrópole e sustentando a centralização do poder. As pecadoras e suas práticas, consideradas heréticas pela Igreja, que envolviam o comportamento social e sexual, iam do curandeirismo, judaísmo, adultério, concubinato, e qualquer outra que desafiasse o dogma católico, em plena Contra-Reforma. 

Palavras-chave: Inquisição; documentação eclesiástica; Sociedade colonial.


 Frei Luís de Nazaré: 
em meio às práticas de solicitação, exorcismo e feitiçaria 

Dilvania Gomes Moura 

Especialista em História: Política, Cultura e Sociedade (UESB) 

dilvania_gomes@hotmail.com 

Os processos apurados pela Inquisição de Lisboa registram os fatos narrados, confessados e testemunhados. Entre eles encontra-se o processo de Frei Luís de Nazaré, um religioso carmelita, residente na Bahia, bastante procurado por ser exorcista. Acontece que, quando uma de suas tarefas era a de afastar influências malignas, ele se aproveitava e abusava sexualmente de mulheres, com a desculpa de ser aquilo, parte do ritual de exorcismo. Recomendava visita aos calunduzeiros e também praticava atos supersticiosos, igualmente classificados de simpatias e feitiçaria. Os depoimentos que levou Frei Luis de Nazaré a condição de réu do Santo Ofício português trazem a perspectiva do cotidiano colonial, povoado por estas práticas. O objetivo desta pesquisa, portanto, é relatar alguns crimes da alçada inquisitorial através do referido processo, ocorrido entre 1738 a 1741. As acusações que constam nos autos eram de crimes de solicitação, feitiçaria e abuso do exorcismo. 

Palavras-chave: Inquisição portuguesa; Práticas mágicas; Cotidiano colonial. 


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(29/06/2012)

SESSÃO TEMÁTICA 

INQUISIÇÃO PORTUGUESA NA BAHIA: 

ENTRE AS VISITAÇÕES E AGENTES INQUISITORIAIS 

Coordenação: José Pacheco dos Santos Júnior

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Delitos contra o Santíssimo Sacramento da Eucaristia durante as visitações do Santo Ofício à Bahia e ao Recôncavo 
(1591-1592/1618-1620) 

Rômulo dos Santos Chaves 

Especialista em História: Política, Cultura e Sociedade (UESB) 

romulouesb@hotmail.com


Esta pesquisa destina-se a inventariar a partir das fontes produzidas pelo Santo Ofício de Lisboa, nos períodos de visitação à Bahia, ocorridos entre os séculos XVI e XVII, os delitos cometidos contra o “Santíssimo Sacramento da Eucaristia” ou a ele associados, relacionando-os a aspectos da vida cotidiana dos colonos tendo como contraponto a atuação da inquisição em relação a tais delitos à luz das determinações oficiais da Igreja no que se refere ao dito sacramento. 

Palavras-chave: Visitações inquisitoriais; Bahia colonial; Santíssimo Sacramento 


 A Segunda Visitação do Santo Ofício da Inquisição à Bahia: 

perseguição às práticas judaicas 



 Larissa dos Santos Chaves Borges 


Especialista em História: Política, Cultura e Sociedade (UESB) 



A pesquisa a ser desenvolvida compreende o período que vai de 1618 à 1620, na Bahia, capitania-sede do governo geral do Brasil, durante a vigência da União Ibérica (1580-1640). Tal recorte espaço-temporal justifica-se pelo fato de estarmos tratando de uma visitação, pois, no Brasil nunca foi instituído um Tribunal do Santo Ofício da Inquisição. Após a chegada do visitador, Heitor Furtado de Mendonça, em 1591, inauguram-se as visitações inquisitoriais no Brasil e, posteriormente, dando seqüencia, com a segunda visitação, dirigida pelo inquisidor e visitador Marcos Teixeira, em 1618. Ao analisar o livro das denunciações, nota-se que os alvos principais das perseguições ainda eram os judeus convertidos, pois, a maior parte dos denunciados e sentenciados eram cristãos novos. Procuraremos identificar quais fatores levaram a continuação e intensificação dessas perseguições aos cristãos-novos suspeitos de serem rejudaizantes durante a segunda visitação do Santo Ofício à Bahia. Tentaremos traçar o perfil dos acusados de criptojudaísmo, de acordo com o estereotipo criado pela Inquisição dando uma atenção específica aos casos de indivíduos que já teriam passado pelo Santo Ofício durante a primeira visitação e retornado a mesa inquisitorial na segunda visitação, como é o caso de algumas famílias citadas no livro das confissões da Bahia do século XVI, e também estão presentes no livro das denunciações da segunda visitação, a saber, os Antunes, Rodrigues, Alcoforado, entre outros. 



Palavras-chave: Bahia quinhentista; Práticas judaicas; Inquisição Portuguesa. 


 A Familiatura do Santo Ofício no sertão da Bahia: 
a trajetória de Miguel Lourenço de Almeida – século XVIII 

Priscila Machado da Silva 

Graduada em História pela UESB 

pricilamachado.silva@gmail.com 

O Tribunal do Santo Ofício, instituição que durante aproximadamente três séculos de existência estabeleceu rígida posição no mundo cristão, caracterizou-se pela prática incansável de perseguição as heresias e pela bem estruturada rede de funcionários. O presente trabalho tem por objetivo tecer uma análise sobre os Familiares do Santo Ofício no universo da colônia, a partir da trajetória do Familiar Miguel Lourenço de Almeida, nascido em Portugal e que durante o século XVIII encontrava-se no sertão da Bahia vivendo como homem de negócio. 

Palavras-chave: Inquisição Portuguesa; Familiares do Santo Ofício; Miguel Lourenço de Almeida.


 O sangue infecto e uma nova genealogia para purificá-lo 

Marcília Meira Nogueira 

Especialista em História: Política, Cultura e Sociedade (UESB) 

mn-araujo@uol.com.br 

O aumento das perseguições aos judeus na Espanha, no início da época moderna, fruto da política perpetrada pelos Reis Católicos e endossada pela sociedade cristã, acarretou conversões compulsórias e impulsionou a saída maciça de judeus do reino espanhol para outros considerados mais tolerantes. Tanto os judeus, quanto os neoconversos, chamados de cristãos-novos, carregavam consigo a infâmia por possuírem o sangue infecto, defeito fabricado, mas que se cristalizou no imaginário da época, já prodigioso em produzir mitos e lendas, e foi largamente legitimado pela elite cristã-velha, orgulhosa de possuir um passado valoroso e de sangue limpo. Ao grupo dos infectos, restava como alternativa escamotear a sua condição, para, assim, ser aceito e ascender socialmente. Muitas vezes, a saída viável para esse grupo seria “encomendar” uma nova genealogia, entroncar sua ancestralidade numa árvore sem máculas, inventar novos troncos de hereditariedade ou se filiar em outro de reputada e limpa ascendência, promovendo, dessa maneira, uma verdadeira “hemodiálise”. Expurgando a descendência impura e se apropriando de outra que lhe pudesse promover ou lhe livrar de perseguições inquisitoriais. 

Palavras-chave: judeus, cristãos-novos, degradação do convívio, sangue infecto, genealogia. 

domingo, 24 de junho de 2012

Seleção para Bolsa de Extensão do Projeto Antigo Regime em debate: acervo e fontes documentais


Nº de Vagas: 1 – 17 (dezessete) meses
Valor da bolsa auxílio: R$ 300,00 (trezentos reais)
Período de inscrições: 20 a 26 de junho de 2012
Local de inscrição: Departamento de História – Horário: 15h00 as 20h00
Entrevista: 27 de junho de 2012 – 14h00

Documentos para a inscrição:
a) Histórico Escolar atualizado;
b) Ficha de inscrição preenchida e assinada;
c) Comprovante de CONTA CORRENTE;
d) Declaração de Nada Consta dos setores PPG, PROGRAD, GRH e GEAC da não participação em ações de extensão, pesquisa, monitoria e estágios administrativos, na condição de bolsista, voluntário, monitor ou estagiário.

Exigências:
a)    Ser aluno do curso de História, regularmente matriculado a partir do 2º semestre;
b)   Ter disponibilidade de 12 horas semanais distribuídas entre os turnos vespertino e noturno;
c)    Possuir disponibilidade para participar do planejamento e avaliação das ações do projeto em reuniões semanais;
d)   Participar de organização de oficinas;
e)    Ter conhecimento em informática.

A seleção constará de entrevista e análise de histórico escolar.

Mais informações sobre o edital de seleção poderão ser obtidas pelo site  http://www.uesb.br/ascom/ver_noticia_.asp?id=8316

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sugestão de livro:

Da Comunicação ao Sistema de Informação: 

o Santo Ofício e o Algarve (1700-1750)



(Nelson Vaquinhas)


 


O objeto deste trabalho centra-se no estudo do sistema de informação do Santo Ofício. Mais concretamente, nas relações de comunicação entre o tribunal de Évora e o território mais distante, jurisdicionalmente, sob o seu domínio, o Algarve, no período compreendido entre 1700 e 1750. Pretende-se avaliar o papel deste espaço na gestão da informação protagonizada por aquele tribunal de distrito e a importância dos mecanismos utilizados para o controlo desse mesmo território. Importará conhecer, assim, os procedimentos administrativos diligenciados pela rede de agentes e auxiliares de serviço do Santo Ofício como canais de produção, distribuição e circulação da massa documental. 




Índice:


Introdução

Parte I
Meticulosidade e Obediência: servir o Santo Ofício

1. Entrada na teia: tipologias e trâmites processuais das habilitações

2. Rede sócio¬ geográfica de oficiais e auxiliares
2.1. Distribuição dos agentes no Algarve
2.2. Plano de acção e funções

Parte II
Comunicação e Informação – sistemas e fluxos

1. A estrutura comunicacional
1.1. Dos editais aos processos¬ crime e as respectivas tipologias documentais
1.2. Os ruídos

2. Produção, organização e acesso à informação

Conclusão

Fontes

Bibliografia

Anexos
Índice dos anexos
Índice das figuras

Detalhes:Ano: 2010
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 196
Formato: 23x16

ISBN: 978-989-689-018-6



Maiores informações: http://www.edi-colibri.pt/Detalhes.aspx?ItemID=1421





segunda-feira, 26 de março de 2012

Descoberta em casarão em Salvador pode mudar história do judaísmo no Brasil

Um grupo de cinco pesquisadores encontrou no Hotel Vila Bahia, no Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, o que pode ser a prova mais antiga da prática do judaísmo em toda a América Portuguesa


Alexandre Lyrio



O que para um leigo não passa de uma banheira antiga, para um judeu ortodoxo é tão importante quanto uma sinagoga - o templo sagrado dos israelitas. Por si só, a mikvé (isso mesmo, mikvé) que ilustra essa página, já seria uma relíquia. 
Mas e se o local onde são realizados banhos sagrados para purificação judaica for do século XVII, período auge da Inquisição católica na Bahia? E se ele foi construído em um casarão antigo, no Centro Histórico de Salvador, a uns 15 passos da Igreja de São Francisco, bem na cara do Santo Ofício? E se ele é um segredo sagrado, guardado por quase quatro séculos. Aí, além do status de relíquia, o material é capaz de mudar a História. 




Descoberta em casarão em Salvador pode mudar história do judaísmo no Brasil


Um grupo de cinco pesquisadores encontrou no Hotel Vila Bahia, no Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, o que pode ser a prova mais antiga da prática do judaísmo em toda a América Portuguesa. E o mais curioso: ela teria pertencido a um cristão-novo, como eram conhecidos os judeus que, por decreto do rei de Portugal D. Manuel I, em 1497 foram convertidos à força em católicos. 
O fato de ser uma mikvé já tornaria o material algo único na Bahia. Mas, se a época da sua construção coincidir com o período no qual os judeus eram perseguidos, isso a transformaria em um achado arqueológico único no país. Apenas no Recife há uma sinagoga tão antiga, construída na primeira metade do século XVII. Só que ela é do período de dominação holandesa naquela região. Diferente dos portugueses, os holandeses toleravam judeus. 
Ainda não há 100% de certeza de que a peça é uma mikvé. Mas três anos de pesquisas mostram que isso é quase certo. “Tudo leva a crer que é uma mikvé tradicional. As dimensões de comprimento e largura, a capacidade volumétrica, o reservatório de água da chuva e até a ausência de um ralo nos fazem crer que é uma mikvé”, diz a historiadora Silvana Severs, do grupo responsável pela descoberta. 

Descoberta 

O equipamento do Pelourinho foi encontrado em 2006. Seu valor histórico e arquitetônico, porém, se revelou por acaso. Uma reforma realizada no casarão fez com que o francês Bruno Guinard, diretor do hotel, promovesse a restauração do que acreditava ser um “banho português”. “Estava debaixo de escombros”, descreve Bruno. “Chamei alguns especialistas que disseram se tratar de um simples ‘banho português’. Mas senti que era algo mais e resolvi restaurar”. 
Dois anos depois, um judeu ortodoxo que visitava o hotel falou pela primeira vez que aquilo poderia ser uma mikvé. Depois, uma cliente do restaurante, também judia, desconfiou da construção. Essa mesma cliente, a nutricionista Berta Wainstein, em 2009, propôs que um grupo de pesquisa fosse montado. “Sou uma curiosa, uma apaixonada. Quero deixar esse patrimônio para a Bahia”, diz Berta. 
Professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e historiadora do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iphan), Suzana Severs diz que falta apenas o estudo arqueológico para datar a construção, o que confirmaria se é realmente do século XVII. Aliás, a própria idade do casarão, que fica na esquina da rua da Ordem Terceira do São Francisco, conta a favor. “O imóvel é daquele período. Além do mais, confirmamos que os azulejos que recobrem a mikvé são também do século XVII”. 

Ousadia

Junto com a datação da peça, será preciso mais pesquisa. Há a suspeita, por exemplo, de que o primeiro proprietário do casarão chamava-se Francisco de Oliveira Porto. O nome é português, mas essa pode ter sido apenas mais uma forma de ele se proteger dos inquisidores. “Precisamos saber se ele era realmente um cristão-novo e realizava rituais judaicos”, diz Suzana. 
É preciso conhecer a força da inquisição para entender a ousadia de quem praticava o judaísmo na Bahia seiscentista. “A simples suspeita de que um indivíduo mantinha hábitos judaicos já seria motivo para ser levado à fogueira. Imagine ter uma mikvé!”, analisa Anita Novinsky, da Universidade de São Paulo (USP) e uma das maiores autoridades do país em cristãos-novos.
Ela explica que ainda assim houve quem mantivesse a tradição - foram chamados de criptojudeus. “Se havia prática judaica em Salvador? Ô, se havia. A Bahia foi o centro do judaísmo no Brasil do século XVII. Provavelmente, o homem que construiu o casarão era um criptojudeu”.

Rabino: 'Estou 100% convencido'

Ainda que a cautela seja um dos princípios do grupo de pesquisa, o rabino Ariel Oliszemski, que é argentino e mora no Rio Grande do Sul, acredita piamente que a construção instalada no Hotel Vila Bahia se trata de um exemplar antigo do banho sagrado dos judeus.
“Estou 100% convencido. Todas as características são de uma mikvé”. Chamado a participar dos estudos, ele explica que o banho sagrado tem diversos usos. Mas, basicamente, representa o momento de se purificar para uma etapa nova da vida.“A mulher quando vai se casar ou está ‘impura’ pela menstruação. As pessoas que se convertem ao judaísmo. Esses devem se banhar”.
Independente da função, o que não se pode negar é a importância de uma mikvé. “Não existe vida judaica sem sinagoga e sem mikvé”, diz o rabino Oliszemski.




sexta-feira, 9 de março de 2012

Palestra: Política barroca: possibilidades de pesquisa - Prof. Dr. Humberto José Fonseca (DH/UESB)

Prezado(a)s,


O projeto Antigo Regime em debate, em parceria com Leituras de História do Brasil Colônia, prosseguirá na próxima terça-feira, dia 13 de Março de 2012, às 17h00, no Salão do Júri (Módulo II) com a palestra Política barroca: possibilidades de pesquisa que será proferida pelo Prof. Dr. Humberto José Fonseca, do Departamento de História da UESB.

Mais informações pelo e-mail antigo.regime.dhuesb@gmail.com ou no Departamento de História, fone (77) 3424 8666.

Visite nosso Blog: http://lediuesb.blogspot.com/


Atenciosamente,


A Coordenação








segunda-feira, 5 de março de 2012

Manuais, regimentos e instruções: normatização Inquisitorial na Época Moderna

Prezados(as),

O projeto de extensão Antigo Regime em debate juntamente com o Laboratório de Estudos e Documentação Inquisitorial(LEDI), dando continuidade a programação iniciada em setembro passado, tem a satisfação em convidá-los à participar de mais uma atividade a ser realizada no próximo dia 8 de março de 2012 (quinta-feira), as 17h00, no salão do Júri (Módulo II), com a professora Grayce Mayre Bonfim Souza (DH-UESB). O tema central da palestra será Manuais, regimentos e instruções: normatização Inquisitorial na Época Moderna.

Mais informações pelo e-mail antigo.regime.dhuesb@gmail.com ou no Departamento de História, fone (77) 3424 8666.

Atenciosamente,

A Coordenação

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Paletra adiada

Prezados (as),

A palestra "Malleus Maleficarum e caça às bruxas" que seria realizada nesta quarta-feira (29 de fevereiro) foi adiada.

Em breve divulgaremos a nova data.

Atenciosamente,

A Coordenação.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Práticas e representações políticas no Tratado de Arquitetura de Alberti




Prezados(as),

O projeto de extensão Antigo Regime em debate juntamente com o Laboratório de Estudos e Documentação Inquisitorial (LEDI), dando continuidade a programação iniciada em setembro passado, tem a satisfação em convidá-los à participar de mais uma atividade a ser realizada no próximo dia 7 de fevereiro de 2012, as 17h00, no salão do Júri (Módulo II), com a professor Roberto Oliveira (DH-UESB). O tema central da palestra será Práticas e representações políticas no tratado de arquitetura de Alberti.

Mais informações pelo e-mail: antigo.regime.dhuesb@gmail.com 

Contamos com a participação de todos.

Atenciosamente,

A Coordenação.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Prêmio Jovem Historiador

A Associação Nacional de História, seção Bahia, (ANPUH-BA) buscando incentivar a pesquisa acadêmica em História no âmbito do ensino de graduação das nossas universidades, faz saber aos seus associados e demais interessados que estão abertas as inscrições para o Prêmio Jovem Historiador. Criado há pouco mais de dois anos como uma homenagem ao historiador José Calasans, a premiação, agora reeditada com o nome de Prêmio Jovem Historiador, consagrará monografias em história nos termos do edital que segue em anexo.


Saudações históricas,

Carlos Zacarias de Sena Júnior (Presidente da ANPUH-BA)